domingo, 20 de maio de 2018

MINHA VIAGEM AO JAPÃO

                     Nunca pensei em visitar o Japão, pelo menos não por enquanto. Tinha outras prioridades, como o Leste europeu, para conhecer. Mas, às vezes, a vida leva a gente pra o lado que quer. Levou meu filho caçula para uma excelente oportunidade de trabalho no Japão e, assim, um ano e meio depois lá estava eu enfrentando dois dias de viagem, vinte e três horas de voo rumo à Ásia.
                    Meus amigos do Facebook, que sempre me acompanham em tudo, viajaram junto, através dos meus relatos e ainda pediram que eu os copiasse aqui para que pudessem rever e encontrar alguma coisa que lhes tenha passado desapercebida.
                   Sendo assim, vou tentar documentar essas duas semanas aqui mesmo, se possível com fotos e vídeos.
                    De 27 de abril a 14 de maio de 2018.


Amigos queridos, decidimos viajar quase de repente, aproveitando uma boa fase da minha mãezinha e a semana de folga do filho no Japão.
Foi uma correria danada preparar toda a estrutura para deixar dona Conceição, conseguir os vistos e tudo o mais que uma viagem dessas demanda.
Vocês sabem o quanto essa distância do meu filho pesa no meu coração.
Graças a Deus, hoje ele está aqui diante dos meus olhos e dentro do meu abraço!
Felizmente, aqui, a TV e os jornais não nos causam os desgostos diários que vêm massacrando os brasileiros.
Pouco entendemos o que os japoneses falam, nos defendemos no inglês e aproveitamos para matar as saudades e conhecer um país e uma cultura bem diferentes. Sempre que possível, compartilharei fotos e novidades com vocês. Muito obrigada pelo carinho de sempre, pela torcida, pela solidariedade e por essa amizade verdadeira que me impulsiona, me conforta e me faz sempre tanto bem! Fiquem com Deus! E tentem não sofrer nem se estressar tanto com essa política nojenta. Beijos a todos.


                A saudade me fez permanecer 24h dentro de um avião.


As horas de conexão são lentas... ainda bem que o Frankfurt Airport é lindo e tem até um espaço para descansar e ler. 








                             Filho querido, finalmente contigo! 



Duro é ajustar o fuso horário... a gente dorme de dia e não consegue dormir à noite... num mesmo voo temos 6h de diferença de horário...

Bom dia Nagoya!
Boa noite amigos!



No primeiro dia aqui surpreendi-me com a quantidade de adolescentes almoçando no restaurante, em alegres turmas, sem os pais.
Penso que o fato de se saberem seguros, sem correrem os riscos do nosso Terceiro Mundo, faz com que os pais deem mais liberdade aos filhos, que portam bolsas e mochilas, com dinheiro para pagar a conta.
Como essa semana é de feriado pra todo mundo - para celebrar a Primavera - as ruas e os trens estão cheios, com muita gente aproveitando a folga.

Fotos dos japoneses não me atrevo a tirar, eles não apreciam nada essa invasão de privacidade. Não quero causar problemas para o filho.

Ruas largas, calçadas imensas, nenhum engarrafamento, poucos carros, muitas bicicletas e a preferência pelos trens deixam o trânsito humanizado no Japão, em Nagoya pelo menos é assim.
5 horas da manhã o dia já está claro


Visita ao Castelo de Nagoya.

Parque Meijo.






                       





Os japoneses são magros, caminham muito, andam de bicicleta e comem pouco.
Tudo tem muitas escadas, tudo é grande, largo e a gente caminha muito!
Os mais “fortinhos” sofrem mais...

Quando me deparo com as escadarias meu joelho começa a chorar... daí passam os japoneses muito mais velhos que eu subindo com destreza e me arrependo de todas as horas diante do computador...






As mulheres, nessa época do ano, usam saias compridas esvoaçantes e sapatos grosseiros com meia, sempre maiores que os pés.
Os namorados raramente andam de mãos dadas, pois demonstrações de carinho em público não são aceitas.
Muitos idosos nas ruas, nos parques, nos trens.
É um povo discreto, reservado, até um pouco frio.
As mulheres tomam conta dos filhos sozinhas. Nos restaurantes, os pais ignoram as crianças e as mulheres cuidam de todos e ainda carregam sacolas e carrinhos.
Parece uma cultura bem machista. Desde o avião reparei que só havia homens na primeira classe. Mas meu filho continua encantado com a cultura e a educação desse povo.


Nas ruas e nos parques, de tempos em tempos existe um cinzeiro grande de pedra e só ali em volta podem fumar, pois é terminantemente proibido fumar nas ruas e jogar bitucas de cigarro no chão.

Com essa segregação a gente não vê ninguém fumando!


Nas pias das cozinhas já existe um triturador para o lixo orgânico. Depois são separados os recicláveis e os queimáveis.
Cada um é responsável pelo lixo que produz e leva para casa seus resíduos. Não há lixeiras nas ruas, extremamente limpas.
O papel higiênico é colocado na privada, que tem multifunções e vários controles, oferecendo, inclusive, uma ducha de água morna.
Os banheiros dos shoppings são extremamente limpos e os dos parques não possuem portas, segundo eles por segurança. 
Acima da privada, quando a caixa está enchendo após a descarga, pode-se aproveitar a água limpa para lavar as mãos.
Só não ter aquela lixeira de papel higiênico usado no banheiro já é um grande avanço!
Diferentes opções garantem, inclusive, uma ducha de água morna. E nos Shoppings é assim também.



 Paulo sofre um pouco com a altura das pias e armários. Eu adoro, pois consigo alcançar bem em tudo

Sabemos que não temos os japoneses como integrantes da nossa raça miscigenada.
Curioso é o tanto de pessoas parecidas com alguém que conhecemos no Brasil.

Uma curiosidade:
Geralmente, os japoneses olham com reserva e desconfiança para os brasileiros.
Dizem que essa imagem é formada pelos descendentes japoneses que vieram do Brasil para as fábricas e se comportam muito mal por aqui.
Mesmo com as características raciais evidenciadas, esses nisseis são rechaçados pelos nativos.
 




Hoje cedo, eu e meu filho comentávamos, na grande estação de trens da cidade, como seria bom para o Brasil ter linhas férreas de Norte a Sul, Leste a Oeste.
Como melhoraria o trânsito!
Como barateariam as cargas!
Por que não há vontade política de melhorar as coisas?
Por que os cartéis de frotas de caminhão pressionam tanto?
Por que os políticos não privilegiam o povo, ao invés de ceder às pressões?
Tudo passa pela educação, pela honestidade, pela lisura.



 

As japonesas gostam de manter a pele branquinha.
Para isso, andam sempre de sombrinhas no sol, mangas compridas e saias longas.
Quanto mais alta a classe social, mais branca é a pele, demonstrando que não precisaram trabalhar nas lavouras, no sol.
Elas andam sempre maquiadas e arrumadas e retocam a maquiagem várias vezes ao dia. Talvez resquícios das gueixas.
 


Um pouco do povo que encontro nas ruas e locais turísticos. Não representam a totalidade do povo japonês, até porque só analiso poucos locais e por um curto período de tempo.
Mas dá pra ter uma boa ideia.

É comum ver pessoas de máscara no rosto na rua. 
Dizem que é para evitar doenças, ou para não passar doenças e até para auxiliar na timidez de alguns.







São comidas e produtos bem diferentes.
Demoramos bem mais no supermercado para decifrar os rótulos.

E a TV também só em japonês! Quando tem qualquer coisa em inglês é um refresco pra gente! A sorte é que os cardápios vêm com foto dos pratos, mesmo assim a gente às vezes erra.



Hoje aprendi mais algumas coisinhas do Japão.
Fomos de carro a Kyoto e vi que os carros dos idosos possuem um adesivo colado na traseira, a fim de que sejam respeitados e que tenham paciência com eles na direção.
Os novatos usam outro adesivo também na parte de trás do carro durante o primeiro ano de carteira, para que os outros motoristas tenham cuidado e paciência com eles.
Todos os carros, sem exceção, possuem um sensor que apita sempre que o motorista troca de pista sem ligar o pisca-pisca, ou passa em cima da linha branca que separa a estrada do acostamento.
As estradas têm pedágio, mas são impecáveis! Muitos túneis, três pistas de cada lado e de tempos em tempos uma cobertura com tela para os animais passarem de um lado a outro da rodovia sem serem atropelados. E usam a mão inglesa.
Esse é o objetivo das minhas postagens. Existem muitos livros sobre o Japão, mas relato as minhas experiências porque as estou vivenciando. 
Inclusive, não podia deixar de experimentar um carro proibitivo no Brasil, num trânsito  seguro.






Boa noite Brasil!
Bom dia Nagoya!
Tenho pensado muito nas diferenças culturais entre nosso país e o Japão.
Somos uma nação jovem e eles têm uma cultura milenar, além de guerras, terremotos, vulcões.
Por isso, talvez, não desperdicem nada e estejam sempre em forma, com pouca comida e muito exercício.
Porque no Japão os idosos podem andar de bicicleta com bolsa, dinheiro, compras e ninguém mexe com eles. Porque as crianças são educadas para respeitar os mais velhos sempre! Na rua, na escola, em casa.
Aqui os pequeninos vão para a escola a pé, sozinhos e chegam lá em segurança, vigiados por mil olhos nas ruas, de desconhecidos prontos a lhes ajudar e proteger.
Aqui as moças e rapazes do Ensino Médio usam uniformes comportados, elas com saias compridas, meias e sapatos.
Deve haver muitos ensinamentos, mas me parece que um dos maiores são esses: respeitar o outro, as tradições, pensar na coletividade sem querer dar “jeitinho”, subornar, furar filas, dar carteiraço.
Dá gosto ver homens de terno pedalando até a estação do metrô, com sua pasta com o notebook na cestinha da bicicleta, sem achar que isso o desmerece.
E os vendedores, garçons, recepcionistas sempre sorrindo e agradecendo!
E o silêncio em todos os lugares, mesmo com multidões! Porque todos falam baixinho.
Ainda dá tempo da gente preparar melhor as futuras gerações.
Vamos começar em casa e na escola!
Comentava exatamente isso com o Paulo ontem. Parece que essas novas Pedagogias e Psicologias prestaram um desserviço para as novas gerações.
Queridos amigos, eu me dei duas semanas de férias dos problemas brasileiros. Não leio nem vejo nada sobre isso, mas imagino que terei muitas decepções na volta.
Minha cabeça precisava descansar e meu coração precisava abraçar meu filho.
Aqui, estudantes numa estação de trem esperando para embarcar. Reparem na organização, sem gritos de professores, num silêncio absoluto. 




Vamos passear no aquário?!

Os pinguins.

As sardinhas. Depois eles soltam um peixe predador e elas fazem um “tornado” em volta dele muito interessante!

As Orcas. Parecem bem tratados, comem baldes de peixes, mas é cativeiro, por melhor que seja.

 


Fiquei sabendo que as mulheres japonesas, quando casam, param de trabalhar para cuidar da família. Por isso, muitas jovens não querem mais casar.
Nos restaurantes, as mães carregam os bebês naqueles cangurus e servem os maridos carregando bandejas e bebidas enquanto eles esperam sentados nas mesas.
E elas fazem isso sorrindo! Acham normal. Dizem que o papel do homem é trabalhar muito para sustentar a família e o da mulher é cuidar muito bem do marido, dos filhos e da casa. A maioria nem faxineira tem.
É cultural, mas a gente estranha...

O que reparei é que elas parecem bem felizes, não parecem se sentir escravizadas, ao contrário, cada uma quer desempenhar melhor o papel que lhes cabe e sempre sorrindo!


Como aqui todo o país para nessa semana de homenagem à Primavera, todos os pontos turísticos estão lotados, com excursões e muitas visitas.
Mas nunca dá entrevero ou empurra-empurra!
As filas são formadas automaticamente e respeitadas sempre, inclusive para os elevadores (poucos).
As tantas e tantas escadas têm fluxo definido, sem ninguém para controlar. Quem sobe ocupa um lado e quem desce o outro.
Nas escadas rolantes vai pela esquerda quem subirá só com elas e pela direita quem prefere correr nos degraus.
Nos metrôs, ninguém entra sem que todos que queiram sair tenham saído. E não tem ninguém fiscalizando isso, eles esperam.
Lá dentro, ninguém conversa e quem o faz apenas sussurra com quem está ao lado.
Na verdade, nem nas estações lotadas a gente ouve vozes, acho que se alguém gritasse para chamar alguém ou desse uma gargalhada eles morreriam de susto!
Música alta nem nas lojas de discos. Na verdade, ainda não ouvi música em lugar algum, a não ser no show folclórico ou uma MPB bem baixinho num restaurante.
Camelôs, gritos na rua, acho que por aqui não há.
Meu filho conta que no inverno as moças, colegiais principalmente, usam shorts com blusas de lã, casacos, toucas, meias e sapatos fechados, mas as pernas finalmente de fora, sem o risco de ficarem bronzeadas pelo sol. No verão, saias bem compridas e blusas de mangas compridas. E sombrinhas para proteger o rosto. Além de muito protetor solar.
No Brasil, as mulheres estorricam no sol o verão inteiro...
Culturas.

Principalmente em Kyoto, vimos muitas mulheres com trajes típicos.
Em Tóquio também, perto do grande templo budista.





Passeio pelo mercado da estação de trens e pelos pontos turísticos de Nagoya. Bonita mesmo! Ampla! Jovem!

Este monumento é chamado Oásis 21. Tem 4 andares e água em cima.




 Carnes, pescados, doces, sushis em profusão!






  Lojas finíssimas, de grifes famosas na Nagoya Station.
Tudo carésimo!
Nada, nem uma camisetinha de bebê por menos de R$300 reais!





Sem falar na limpeza da estação, onde não se vê faxineiros e não se encontra um papel no chão!



No Japão eles têm um profundo respeito pela comida. Valorizam o trabalho de quem planta, colhe e faz chegar à mesa.
Por isso, geralmente, eles não deixam um grão de arroz no prato. E olha que as porções de arroz são muito generosas!


 No café da manhã eles comem assim:






As comidas são saudáveis e até gostosas, mas o nosso paladar ocidental estranha um pouco.
Então, no jantar, eu fazia algum prato como esse, por exemplo, de camrões e vieiras.




Fico surpresa com a grande quantidade de jovens que encontro em Nagoya!
É uma cidade do futuro. Em todos os lugares os jovens predominam. Há muitas Universidades aqui e os estudantes têm aulas até sábado, usando uniformes.
Meu filho conta que na academia onde faz natação fica impressionado com a força e o nível de exigência dos novos nadadores, muitos mal saídos da infância. Eles não matam o treino, não reclamam e ao final ainda agradecem ao treinador. E diz que o treino é puxadíssimo!
Em todos os esportes e habilidades eles buscam a excelência e não questionam nunca a autoridade dos pais e dos professores.
É outro traço da cultura deles.


Ainda não vi policiais, garis, nem lixeiros por aqui.
Nem guardadores de carro. Os estacionamentos são automatizados. A gente estaciona o carro e sobe uma barra de ferro que tranca as rodas. Ao sair, paga-se numa maquininha e a barra desce, destravando as rodas.
Só vi guardas nos grandes semáforos orientando os pedestres.
Pode não passar nenhum carro, enquanto o sinal para pedestres estiver vermelho ninguém pode passar.
Nem nas estações lotadas dos trens e metrôs vi policiais.
O povo faz filas, respeita, espera a vez e nunca presenciei nenhum incidente. Os táxis são escuros, um modelo antigo da Toyota e têm os bancos e encostos forrados de renda branca, muito alva. A porta dos passageiros abre e fecha automaticamente, para evitar batidas. E os motoristas são mais velhos e trabalham de terno e gravata, alguns até de luvas brancas.

 


 
Aqui, a gente carrega um cartão chamado “Manacá” e com ele podemos pagar todas as passagens de trem e metrô, táxi e algumas compras em lojas. Facilita o troco e não precisamos andar sempre com dinheiro.



Novas aventuras...
Rumo a Tóquio no famoso Shinkansen.



O famoso monte Fuji.




Sensoji Temple. Sempre lotado. Mas é muito bonito!





Gente, como se caminha e sobe escadas nesses Japão!!!
Por isso eles são magros.
Eu e o Paulo ontem ficamos destruídos.
Saímos da SKY tree quase às 23h. E estávamos na rua desde o começo da manhã. Todos os pontos turísticos lotados, tudo longe dependendo de trens e metrôs e muitas escadas nas estações. Não é fácil ser turista na cidade mais populosa do planeta!!!

Vista de Tóquio de cima da SKY Tree, uma torre de 350m, correspondendo a um prédio de mais ou menos 120 andares.
Filas quilométricas pra conseguir uma senha para pegar outra fila interminável para comprar os ingressos (bem caros) e mais uma enorme fila para os elevadores.
Na descida, muitas filas de novo.

Olha, bonito é, majestoso até, mas as filas... tive até um surto de claustrofobia no elevador... e cheguei no hotel destruída. Coisas que se faz uma vez na vida, se tanto...

Uma curiosidade:
Hoje no Japão é comemorado o “Dia dos Meninos”.
Aqui, meninos e meninas têm dias diferentes.
E eles penduram bandeirinhas simbolizando carpas (peixe) para trazer saúde e sorte aos meninos.









O famoso cruzamento de Shibuya em Tóquio.
5 ruas cruzando a mesma esquina. Isso num domingo! Dia de semana são ternos, gravatas, terninhos, pastas.

Em pleno domingo, lojas abertas, estudantes de uniforme e mochila e o movimento desta metrópole que não para.











Lembram daquele filme do cachorro que esperou o dono por 10 anos na estação de trem?
O dono morreu e ele esperou todo esse tempo, sempre às 15h, quando o professor chegava da universidade.
Em frente à estação de Shibuya, onde o dono chegava, fizeram uma estátua do cachorro que todo mundo visita e bate fotos.
O nome do cachorro era Hachiko, ele era um akita e tinha 11 anos.




Mais modas de rua.
Sempre tecidos finos, saias compridas, bolsas nos braços.
Nada de jeans ou tecidos pesados. Nem os braços de fora.




Um dos tantos estacionamentos de bicicletas.



Alguns carros nas ruas de Tóquio.




6h no Japão.
Hora de conversar com vocês.
Quero deixar claro que, quando relato coisas que observo aqui, não estou comparando com o Brasil, nem com os brasileiros.
Sou brasileira, amo minha pátria e sei que ela tem coisas lindas e é o meu lugar.
Tudo que descrevo é para aumentar o conhecimento de quem ainda não pode, ou não quis conhecer a Ásia.
Oxalá pudéssemos aproveitar algumas coisas boas que vi por aqui, como o respeito ao próximo e a limpeza e conservação dos espaços públicos. Quem nos dera podermos andar nas ruas sem medo, a qualquer hora do dia ou da noite, com bolsas, carteiras, celulares, em segurança! Seria muito bom abandonarmos o “jeitinho brasileiro”, os carteiraços, a violência, a corrupção. Penso que bons exemplos devem ser seguidos e não é outro meu objetivo ao relatar os pontos positivos do Japão. Os negativos, que também devem existir, não terei tempo ou oportunidade de constatar. Devem ser menos salientes, já que imperceptíveis a um olhar superficial. E assim vamos descrevendo um pouquinho dessa cultura milenar. Boa noite Brasil https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/fa2/1.5/16/1f1e7_1f1f7.png

Você sabia que no Japão você não deve tocar nas pessoas, no braço das balconistas, no pedido de desculpas por um esbarrão, ao pedir uma informação, em situação alguma?!
Eles ficam extremamente ofendidos com esse contato físico.
Não deve, também, brincar ou sorrir para suas crianças, que sempre fecham a cara quando se percebem observadas. Ou os pais mudam a criança de posição para fugir do seu olhar. Sorrir pra elas, então, é uma ameaça!
Sabe que entregamos cartões, dinheiro, moedas sempre numa bandejinha, em todos os estabelecimentos comerciais e o troco é devolvido nelas também, sem que as mãos se toquem?
Sabia que existem homens que roubam calcinhas dos varais? E que mesmo nos prédios mais chiques os varais ficam expostos nas sacadas ou até pendurados para fora? Que existe um submundo potente de pornografia virtual? E que os celulares sempre fazem ruído ao bater fotos, porque alguns homens fotografavam por baixo da saia das mulheres nas escadas? E que, se o chefe determina que as funcionárias devem sair no final do expediente para beber com ele elas não podem recusar? E tem que beber! É, nem tudo que reluz é ouro...




 









Um comentário:

Nádia disse...

Amei!!!!